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Segunda vez que o Jack White aparece nesse blog, merecidamente!

The Raconteurs é aquela banda que nasceu pra dar certo. Isso porque os membros já eram conhecidos de outras ótimas bandas como The Greenhornes, Blanche e White Stripes. Jack White foi o cara que fez isso acontecer, já que na época ele apenas queria mostrar uma melodia que tinha feito para seus amigos, e assim surgiu o grupo. O projeto surgiu em 2005, mas o primeiro trabalho só nasceu no ano seguinte, intitulado ''Bronken Boy Soldiers'' e o segundo em 2008, chamado Consoler of the Lonely, que alias, ambos são ótimos por sinal. 

Nascida em Detroit, Michigan, The Raconteurs conta com o Jack White como guitarrista e vocalista, mas como eu disse em outra postagem nesse blog, White é multi-instrumentista, portanto, ele arrisca no piano, mandolim, teclado e etc, e se saí maravilhosamente bem, e o mesmo pode se dizer do Brendan Benson que também se aventura no vocal, guitarra, piano, teclado, órgão, e se sai muito bem. Já a bateria e percussão fica por conta do Patrick Keeler, e o baixo, banjo, backing vocals fica por conta do Jack Lawrence, (nas turnês também temos Dean Fertita). The Raconteurs tem inúmeras influências, e o que predomina é o rock clássico. Porém, a banda sabe dar um toque de atualidade, sem soar mais do mesmo. Tem cara de pop indie, como também tem de rock alternativo. É uma ''mistureba'' das boas. 


Falando do album novo, ''Help Us Stranger'', a primeira canção ''Bored and Razed'' começa num grande riff, que eu diria calmo. Mas depois, se transforma em uma música agitada, e a guitarra aqui é o brilho. Ao mesmo tempo em que ela soa anos 70, ela soa atual, e essa é a maior qualidade da banda.  A segunda canção ''Help Us Stranger'' que leva o nome do álbum como título, é maravilhosa! Começa country, só voz e violão, numa qualidade toda cheia de ruídos, remetendo realmente à uma gravação antiga, e a transição travada em seguida totalmente inesperada, é sensacional! O brilho da canção também fica por conta da bateria, o baixo, e as pequenas gaguejadas entre uma estrofe e outra. 

A terceira ''Only Child'', tem um ritmo mais tranquilo, mais folk. Somente na hora que entra o solo, é que ela fica mais elétrica, com outros instrumentos. A próxima ''Don't Bother Me'', chama atenção pelo vocal à princípio, principalmente até pelas repetidas vezes em que repete ''Não me incomode'' durante a música. Aqui o vocal fica bem mais dramático, e tem mais peso no que nas anteriores. Gosto bastante quando Jack White canta com convicção, com mais raiva. Os riffs também não ficam por menos, transformam a música instantaneamente em rock clássico. E como não poderia acabar de qualquer jeito, o solo de bateria traz toda a energia que a canção pedia.



A quinta música ''Shine The Light On Me'', tem uma introdução muito bem afinada com um coral, que dá pra perceber que aprenderam bem com o Queen essa artimanha. Essa canção em particular, é meio esquisita, no bom sentido da palavra. E falando em palavra, essa faixa tem a letra mais bonita do album. A interpretação do Jack White não soa tão dramático, eu diria que mais emotiva. Porém no o trecho que antecede algumas vezes o refrão e o próprio refrão é mais suave, harmonica. O piano como o centro dos instrumentos dá um ar de musical, essa música se encaixaria perfeitamente num filme desse porte, eu adoraria ver isso. Em seguida ''Somedays ( I Don't Feel Like Trying)'', parece que se trata de um Country, ou um folk, porém a música tem um riff de guitarra mais pesado (meio assustador até) durante algumas transições, o que combina com a letra meio depressiva como o refrão ''alguns dias eu só sinto a vontade de chorar, alguns dias eu não sinto vontade de tentar''. No entanto, esse clima nebuloso com um ritmo leve, é quebrado com uma ruptura de silêncio, até o violão surgir trazendo uma espécie de mantra ''estou aqui agora, não estou morto ainda'' repetidas vezes. Essa é uma música que traz um espelhamento para esses dias mais ''desanimados'', e também um final mais otimista. 

A sétima faixa ''Hey Gyp (Dig The Slowness)'', se trata de um cover de um single do Donovan de 1965 (que por sinal é ótima). Enquanto a música original é mais simples, no sentido de não ter tantos instrumentos, a do The Raconteurs, tem uma batida mais forte como centro, tem guitarra  e um efeito  não chamativo na voz. A próxima música ''Sunday Driver'', mantém esse ritmo de ''estrada'' vamos dizer assim. É uma canção que também se encaixa perfeitamente pra quem está dirigindo, tanto obviamente pela letra como pelo ritmo animado.



A nona ''Now That You're Gone'',  eu diria que é a mais radiofônica do album. É a mais pop, e tem um apelo comercial que poderia funcionar bem no rádio. Em seguida temos ''Live a Lie'', que também se encaixaria muito bem no rádio, só que enquanto a anterior faz uma linha mais romântica, aqui tem um clima mais festivo. A penúltima ''What's Yours Is Mine'',  acho que é a mais divertida do album. Tem uma melodia que se destaca bem. E a última ''Thoughts And Prayers'', é a minha preferida do disco. É uma canção mais folk, com direito à banjo e violino nos solos. A letra chega à ser poética, e o instrumental tem um ar de ''poeira''. 

Bom, dito tudo isso, só posso recomendar ''Help Us Stranger'', assim como os dois anteriores do The Raconteurs que também são dois ótimos álbuns. Vamos torcer para que eles continuem se reunindo de tempos em tempos e trazendo ótimas surpresas como essa.

Esse ano eles virão para o Brasil, se você é de São Paulo aproveita que vale a pena.


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